Legenda da foto: Imagem reproduzida do site saudesporte e
postada pelo blog para ilustrar o presente artigo.
Texto publicado originalmente no Portal INFONET, em 13 de
abril de 2021
Por Raimundo Sotero (blog Infonet)
Milhares de pessoas estão aderindo a uma onda que invadiu o
país com a rapidez que apenas as simples, óbvias e grandes verdades possuem.
Andar faz bem!!!!
Parece um ovo de Colombo, interessante pois caminhar, é
simplesmente colocar um pé após o outro, e nada mais, no entanto tem sido uma
descoberta interessante está sendo utilizada como uma das mais universais
formas de se manter a saúde. Afinal, é um exercício que o ser humano faz há
milhares de anos, desde que ficou de pé. Nada mais natural.
A moda de caminhar demonstra que um dos mais resistentes chavões da cultura ocidental está finalmente perdendo o fôlego: a ideia de que só é possível obter saúde através do sofrimento. Essa ideia dominou durante muito tempo a maneira como encaramos a atividade física, segundo a qual a medida do benefício é a quantidade de suor. Na verdade, isso é coerente com o maluco estilo de vida das grandes cidades, onde nosso paladar só gosta de alimentos pouco nutritivos e nossa cabeça só fica bem em noitadas pouco sadias. Ao exercício físico, sobra a desagradável tarefa de consertar o estrago e expirar os “pecados”. Assim, quanto maior o sacrifício, menor a culpa…
Andar é o meio mais simples de melhorar a saúde. Pelo menos é essa a opinião da maioria de quatro mil médicos de vinte países pesquisados sobre o assunto. De fato, nossos sistemas circulatórios, muscular, digestivo e respiratório agradeceriam sinceramente se caminhássemos uma boa distância, todos os dias. De quebra, combateríamos os excessos de gordura, sem excesso de sofrimento. Antes, pelo contrário, andar é agradável, especialmente em lugares verdes, ao ar livre.
O sistema cardiovascular é, talvez, o mais beneficiado pela prática de caminhar. Previne a hipertensão, pois o exercício relaxa os músculos que comprimem os vasos sanguíneos, além de combater o stress emocional, causa frequente da hipertensão. O coração fica mais resistente, as artérias mais flexíveis e assim, toda a circulação é estimulada e os riscos de enfarte minimizados. Além disso, o caminhante sistemático tende a diminuir sua taxa de colesterol, outro fantasma da civilização moderna. Para muitos distúrbios circulatórios dos membros inferiores, a caminhada funciona melhor que qualquer remédio.
Andar é também a melhor maneira de digerir os alimentos, pois atua a favor da força da gravidade e auxilia o estômago na movimentação do bolo alimentar. A musculatura é fortalecida e a respiração exercitada, aumentando a capacidade pulmonar.
É verdade que os outros exercícios aeróbicos (aqueles que ,assim como a caminhada , permitem uma troca equilibrada de oxigênio enquanto se pratica) trazem esses mesmos benefícios. São até mais rápidos nos resultados. Porém, como na fábula do coelho e a tartaruga, no fim das contas andar acaba levando vantagem. Na corrida contra a gordura, por exemplo, está provado que os primeiros trinta minutos de exercícios aeróbicos são realizados à custa da queima de carboidratos, substâncias presentes nos açúcares e acumuladas no fígado. Só depois de queimar os carboidratos é que o corpo vai buscar nas gorduras a lenha para a musculatura funcionar. Isso varia pouco de um exercício para o outro, e andar por uma hora , convenhamos , é bem mais fácil do que correr ou pedalar continuamente por esse período.
Esse é um dos motivos pelo qual milhares trocam-na pela caminhada. O outro é a crítica que a corrida leve tem sofrido nos últimos anos, dando conta de que ela não é tão inofensiva assim. Cardíacos jamais deveriam fazê-la sem rigoroso acompanhamento médico. Além disso, os pequenos mas contínuos choques dos pés com o solo podem causar problemas musculares ou mesmo fraturas ósseas.
Já a caminhada apenas é contra- indicada nos casos em que o médico recomenda repouso por qualquer motivo, mas nessa situação nenhum exercício cabe mesmo. Outro aspecto importante é que a caminhada para ter seus bons efeitos precisa ser levada a sério. Não adianta somar três ou quatro “andadinhas” e contabilizar no fim do dia. Tem de ser um exercício de preferência diário de segunda a segunda, com um passo firme e contínuo, além de um ritmo nem muito lento, nem muito acelerado.
É um hábito que pegou e seria muito razoável que se estendesse a outras capacidades humanas, esquecidas no tempo. Se o homem moderno redescobriu como é bom andar, nada impede que reaprenda a comer, respirar, ouvir, amar… Ou será que ainda sabemos fazer essas coisas?
Uma Boa e Saudável Semana.
Texto reproduzido do site: infonet.com.br
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